Coruja-do-mato
A Coruja-do-mato (Strix aluco) é uma das espécies mais fascinantes do grupo das corujas.
Conhecida por sua capacidade de camuflagem e por sua vocalização melancólica, essa ave desempenha um papel essencial no equilíbrio dos ecossistemas florestais
Com hábitos noturnos e grande eficiência na caça, ela se destaca entre as aves de rapina noturnas.
Características Físicas
A Coruja-do-mato mede entre 37 e 43 centímetros de comprimento, com envergadura que pode chegar a um metro.
Seu peso varia entre 350 e 700 gramas, dependendo do sexo e da localização.
Assim como outras corujas, as fêmeas tendem a ser maiores que os machos.
Sua plumagem apresenta variações de cores, podendo ser marrom-avermelhada, cinzenta ou acastanhada, o que lhe confere excelente camuflagem entre as árvores.
Os olhos grandes e escuros garantem excelente visão noturna, enquanto a audição apurada auxilia na detecção precisa das presas.
Distribuição e Habitat
A Coruja-do-mato está amplamente distribuída pela Europa e partes da Ásia, habitando florestas densas, parques, jardins e até áreas urbanas arborizadas.
Sua preferência por locais com muitas árvores facilita sua camuflagem e oferece bons locais para nidificação.
Embora não seja migratória, a espécie pode se deslocar em busca de melhores condições ambientais, especialmente no inverno.
Comportamento e Alimentação
Essa coruja é um predador habilidoso e paciente.
Seu voo silencioso, devido à estrutura especializada das penas, permite que se aproxime das presas sem ser detectada.
Alimenta-se principalmente de pequenos mamíferos, como roedores, mas também caça insetos, aves menores, anfíbios e répteis.
A digestão eficiente permite que elimine ossos e pelos em forma de pelotas regurgitadas, o que ajuda pesquisadores a analisarem sua dieta.
Reprodução e Ciclo de Vida
O período reprodutivo ocorre entre fevereiro e abril.
A Coruja-do-mato escolhe cavidades de árvores, buracos em penhascos ou até construções humanas para nidificar.
A fêmea põe de dois a cinco ovos e os incuba por cerca de 28 a 30 dias.
Durante esse período, o macho caça e alimenta a parceira.
Os filhotes nascem cobertos por uma penugem branca e dependem dos pais até adquirirem plumagem completa, o que ocorre em aproximadamente um mês.
Aos poucos, começam a explorar o ambiente e se tornam independentes após 3 a 4 meses.
Comunicação e Sons
O canto da Coruja-do-mato é um dos sons mais característicos das florestas europeias.
Seu chamado longo e assobiado, muitas vezes descrito como “hu-hu-huuh”, é utilizado para marcação territorial e atração de parceiros.
Além disso, a espécie emite sons agudos quando se sente ameaçada.
Importância Ecológica
Como predador tope da cadeia alimentar, a Coruja-do-mato controla populações de roedores e insetos, evitando desequilíbrios ecológicos.
Sua presença indica um ambiente saudável e rico em biodiversidade.
Além disso, seu comportamento e hábitos alimentares são frequentemente estudados para compreender melhor a dinâmica das populações de presas.
Conservação e Ameaças
Apesar de não estar globalmente ameaçada, a Coruja-do-mato enfrenta desafios como a perda de habitat devido ao desmatamento e à urbanização.
O uso de pesticidas e rodenticidas também representa um risco, pois pode afetar sua alimentação e reprodução.
Algumas populações são impactadas por colisões com veículos e redes elétricas.
Para proteger a espécie, é essencial preservar florestas e incentivar práticas sustentáveis que minimizem a interferência humana em seu habitat.
Curiosidades
- Ao contrário do que muitos acreditam, a Coruja-do-mato não enxerga no escuro absoluto. Ela depende de fontes mínimas de luz e de sua audição apurada para caçar.
- Diferente de outras aves de rapina, essa coruja não constrói ninhos, preferindo usar cavidades naturais ou abandonadas.
- Em algumas culturas, seu canto está associado a mitos e superstições, sendo interpretado como um presságio.
Portanto, a Coruja-do-mato é uma ave fascinante que desempenha um papel crucial nos ecossistemas florestais.
Seu comportamento discreto, suas habilidades de caça e sua importância para o equilíbrio ambiental reforçam a necessidade de sua conservação.
Proteger essa espécie é garantir a continuidade de um ambiente saudável e equilibrado.
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