Biguá

Biguá
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O biguá, cientificamente conhecido como Nannopterum brasilianum, é uma ave aquática amplamente encontrada na América Latina.

Essa espécie, popularmente conhecida como cormorão, destaca-se por sua habilidade na pesca e seu comportamento social.

Com uma aparência marcante e um papel importante nos ecossistemas aquáticos, o biguá atrai a atenção de observadores de aves e pesquisadores.

Características Físicas do Biguá

Primeiramente, o biguá possui plumagem predominantemente preta, que, em algumas regiões, apresenta reflexos metálicos sob a luz solar.

Durante o período reprodutivo, os adultos desenvolvem penas brancas na cabeça e no pescoço, uma característica que os diferencia.

As asas são longas e poderosas, adaptadas para voos de longa distância.

Biguá – Wikipédia, a enciclopédia livre

Dessa forma, essa ave mede entre 70 e 90 centímetros de comprimento, com uma envergadura de asas que pode ultrapassar um metro.

Suas patas, posicionadas na parte traseira do corpo, são dotadas de membranas interdigitais, essenciais para a natação.

Assim, 0 bico longo e gancho na ponta facilita a captura de peixes, sua principal fonte de alimento.

Habitat e Distribuição Geográfica

O biguá é uma ave extremamente adaptável.

Habita uma variedade de ambientes aquáticos, como lagos, rios, manguezais e até represas artificiais.

Prefere áreas com vegetação próxima às margens, onde pode descansar e nidificar.

Além disso, sua distribuição geográfica abrange desde o sul dos Estados Unidos até o extremo sul da América do Sul.

No Brasil, ele é encontrado em praticamente todas as regiões, especialmente em locais com abundância de recursos hídricos.

Comportamento Alimentar e Técnica de Pesca

O biguá é conhecido por sua habilidade excepcional na pesca.

Ao contrário de muitas aves aquáticas, como a águia-pesqueira ele mergulha completamente na água para capturar suas presas.

Suas patas fortes e membranas interdigitais permitem que ele nade com agilidade, perseguindo peixes embaixo d’água.

Além de peixes, sua dieta pode incluir pequenos crustáceos, anfíbios e insetos aquáticos.

Após um mergulho, o biguá costuma pousar em troncos ou pedras para secar as penas.

Diferentemente de outras aves aquáticas, suas penas não são completamente impermeáveis, o que facilita o mergulho, mas exige momentos de descanso para secá-las.

Reprodução e Comportamento Social

O biguá é uma ave social. Costuma formar grandes grupos para repousar, caçar e nidificar.

Durante a época de reprodução, esses grupos se tornam colônias densamente povoadas, geralmente localizadas em árvores próximas à água.

A construção do ninho é uma tarefa compartilhada entre os parceiros.

Biguá (Phalacrocorax brasilianus) - A Passarinhóloga

Eles utilizam galhos, folhas e outros materiais encontrados no ambiente.

A fêmea geralmente põe de três a cinco ovos, que são incubados por cerca de 25 a 30 dias.

Dessa forma, ambos os pais participam da alimentação dos filhotes, regurgitando o alimento capturado.

Importância Ecológica do Biguá

O biguá desempenha um papel significativo nos ecossistemas aquáticos.

Como predador de topo, ele ajuda a controlar populações de peixes, contribuindo para o equilíbrio ecológico.

Além disso, seu comportamento de nidificação em colônias fornece nutrientes ao solo por meio de seus excrementos, que servem como fertilizante natural.

No entanto, essa relação nem sempre é bem recebida por comunidades humanas.

Em algumas áreas, o biguá é visto como uma ameaça à piscicultura, devido à sua eficiência na pesca.

Por outro lado, estudos indicam que seu impacto sobre a pesca comercial é geralmente menor do que se acredita.

Ameaças e Conservação

Embora o biguá não esteja classificado como uma espécie ameaçada, ele enfrenta desafios devido à degradação dos habitats aquáticos.

A poluição dos rios e lagos, a destruição de áreas de vegetação ripária e o uso indiscriminado de pesticidas são fatores que afetam suas populações.

Projetos de conservação que promovem a recuperação de ambientes aquáticos e o uso sustentável dos recursos naturais são fundamentais para a preservação do biguá.

Além disso, campanhas de educação ambiental ajudam a reduzir conflitos entre comunidades humanas e a fauna local.

Curiosidades Sobre o Biguá

  1. Mergulhador nato: O biguá pode ficar submerso por até 30 segundos enquanto persegue suas presas.
  2. Visão adaptada: Possui excelente visão tanto na água quanto fora dela, uma habilidade que o auxilia na pesca.
  3. Nome popular variado: Em diferentes regiões, o biguá é chamado de cormorão, pato-mergulhão ou biguatinga.
  4. Conexão cultural: Em algumas culturas, o biguá é associado à persistência e habilidade devido à sua técnica de pesca.

Você conhece o Biguá? - Reserva Mata Grande | Biritiba Mirim

Como Identificar um Biguá

Se você estiver próximo a um lago ou rio, fique atento a aves negras com pescoços alongados e asas abertas ao sol.

Eles frequentemente empoleiram-se em galhos ou pedras para secar as penas.

Durante o voo, suas asas longas e batidas fortes são características marcantes.

Conclusão

Portanto, o biguá é uma das aves aquáticas mais intrigantes da América Latina.

Assim, sua adaptabilidade, comportamento social e papel ecológico o tornam uma espécie de grande importância.

No entanto, garantir sua preservação exige esforços para proteger os habitats aquáticos e fomentar a convivência harmoniosa entre humanos e a vida selvagem.

Dessa forma, conhecer e valorizar espécies como o biguá é um passo essencial para a conservação da biodiversidade.

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