Coruja-orelhuda

Coruja-orelhuda
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A Coruja-orelhuda (Asio clamator), também chamada de coruja-do-mato, é uma ave de rapina noturna amplamente distribuída pelas Américas.

Seu nome vem das penas alongadas na cabeça, que lembram orelhas, embora não tenham função auditiva.

Essa característica a diferencia de outras corujas e contribui para sua camuflagem em meio à vegetação.

Distribuição e habitat

A Coruja-orelhuda habita diversas regiões da América do Sul, América Central e algumas partes da América do Norte.

Prefere áreas de mata aberta, bordas de florestas, cerrados e até mesmo ambientes urbanos arborizados.

Essa adaptabilidade permite que a espécie se estabeleça em locais com presença humana, desde que haja presas abundantes e árvores para abrigo.

Características físicas

Essa coruja mede entre 30 e 38 centímetros de comprimento e possui uma envergadura de aproximadamente 90 centímetros.

Seu peso varia entre 250 e 400 gramas, sendo as fêmeas geralmente maiores que os machos, um padrão comum entre aves de rapina.

Sua plumagem é predominantemente marrom com manchas escuras e claras, proporcionando uma camuflagem eficiente.

Os olhos grandes e amarelos são adaptados para visão noturna, permitindo a caça em condições de baixa luminosidade.

G1 - Coruja-orelhuda é alimentada pelo macho no período de incubação -  notícias em Terra da Gente

Alimentação e hábitos de caça

A Coruja-orelhuda é um predador eficiente, alimentando-se de pequenos mamíferos, répteis, anfíbios, insetos e até mesmo outras aves.

Seu método de caça envolve um voo silencioso, graças à estrutura especial de suas penas que reduzem o ruído aerodinâmico.

Assim, ela consegue se aproximar da presa sem ser detectada.

Seu sistema auditivo altamente desenvolvido permite localizar presas no escuro com extrema precisão.

Reprodução e desenvolvimento

A temporada de reprodução varia conforme a região, mas geralmente ocorre na estação seca, quando há maior disponibilidade de alimento para os filhotes.

Diferente de outras corujas, a Coruja-orelhuda não constrói ninhos, preferindo ocupar cavidades naturais, troncos ocos ou ninhos abandonados por outras aves.

A fêmea põe de dois a quatro ovos, que são incubados por cerca de 30 dias.

Durante esse período, o macho se encarrega de caçar e alimentar a parceira.

Os filhotes nascem cobertos por uma plumagem branca e dependem dos pais por aproximadamente dois meses antes de começarem a voar e caçar sozinhos.

Comportamento e vocalização

Essa espécie é territorialista e emite vocalizações distintas para comunicação.

Seu canto noturno, um som grave e ritmado, serve para marcar território e atrair parceiros.

Além disso, pode emitir sons de advertência quando se sente ameaçada.

Durante o dia, a Coruja-orelhuda passa longos períodos empoleirada em galhos altos, confiando em sua camuflagem para evitar predadores.

Quando perturbada, adota uma postura defensiva, eriçando as penas para parecer maior e mais intimidadora.

Coruja-orelhuda, uma das corujas mais diferentes do Brasil

Importância ecológica

Como predadora, a Coruja-orelhuda desempenha um papel crucial no equilíbrio dos ecossistemas.

Ela ajuda a controlar populações de pequenos roedores e insetos, evitando surtos descontrolados dessas espécies.

Além disso, sua presença indica um ambiente saudável e biodiverso.

Conservação e ameaças

Atualmente, a Coruja-orelhuda não está ameaçada de extinção, mas enfrenta desafios devido à destruição de habitats e uso de pesticidas, que reduzem suas fontes de alimento.

A preservação de áreas naturais e a conscientização sobre a importância dessa espécie são essenciais para garantir sua sobrevivência.

Curiosidades sobre a Coruja-orelhuda

  • Apesar do nome, suas “orelhas” são apenas penas e não têm relação com a audição.
  • Seu voo é quase imperceptível, permitindo ataques furtivos a presas desavisadas.
  • Pode viver até 10 anos na natureza e mais tempo em cativeiro sob cuidados adequados.
  • É uma das corujas mais adaptáveis a ambientes modificados pelo homem.

Portanto, a Coruja-orelhuda é uma ave impressionante, que combina eficiência predatória com adaptações únicas.

Dessa forma, seu papel ecológico é fundamental para o equilíbrio da fauna, tornando-a uma espécie fascinante para estudos e conservação.

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